terça-feira, 15 de abril de 2014

| Iris de Guimarães|

1 de abril de 2014






Na ausência 






Quando abriu a porta da rua, a luz do sol se acendeu no rosto dela. E já desacostumada com tanta claridade que lhe oferecia a vida, fechou-se novamente no seu próprio escuro. Há três semanas abria e fechava a porta de casa sem encontrar as palavras que não disse... Olhou seus olhos sem os seus olhos nele, ausentes de alguma coisa que era dele... Ela estava se acostumando com uma vida nova, tentando sair aos poucos de casa e dos próprios pensamentos. Assim foram se passando as semanas e os dias e ela surpresa foi se dando conta de que quanto mais lembrava dele menos o via.