16 de setembro de 2014
Do lado dele
Volto para deitar, mais uma vez, nessa cama de onde ele acordou e se levantou nesta manhã, tão cedo. Eu me deito no lado da cama que ele costuma dormir, pois preciso habitar o vazio que ele deixa do meu lado na cama quando ele se vai por alguns dias.
Olho o relógio à beira do travesseiro e fecho os olhos: quero dormir dentro desse minuto em que penso nele.
Penso nele, e para pensar nele inteiro é preciso muito mais que muitos minutos.
Então, já não sei se durmo, se sonho...
Já não conto mais o tempo.
Já não estou mais sozinha em uma das margens da cama.
Estou dentro dessa saudade que tenho dele. E ele está aqui, inteiro, dentro dessa minha espera e em mim, que mais uma vez vou dormir do seu lado, do nosso lado, da cama.
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