30 de setembro de 2014
Contei para ele, ainda um pouco tensa, que tive um pesadelo na noite passada. Contei que entrava, numa estrada sem margens, num ônibus sem guia e sem passageiros. Um ônibus que se movia num tempo impreciso, sem paisagens e que eu não me afligia tanto por estar indo a um lugar desconhecido, sozinha e com medo, mas pela angústia de nunca vir a chegar até o meu destino: ele.
Quando terminei de contar o sonho, ele me olhou com aquele seu olhar de abrigo, e para me resgatar da lembrança ruim daquele sonho, ele me disse:
- Eu iria te buscar.
Amor, esta noite quando eu me deitar, não terei mais medo dos sonhos. Eu sei que do outro lado do sono, o teu amor me espera acordar, e se eu me demorar um pouco no sonho, você vai me buscar.