terça-feira, 28 de outubro de 2014

| Iris de Guimarães |

14 de outubro de 2014





Um nome no escuro



São seis horas da tarde. Vejo do alto da minha varanda que as luzes da rua se ascenderam. Entro e fecho as portas e as janelas do meu apartamento, já com as luzes apagadas, para guardar um pouco de escuro só para mim. Fecho as portas e as janelas para proteger meu silêncio dos ruídos que ainda sobraram na rua. Para que, só assim, nesse meu escuro e nesse meu silêncio eu possa dizer bem claro e bem alto o teu nome. Para poder ter a luz e o som do teu nome, inteiros, dentro de mim.