terça-feira, 9 de dezembro de 2014

| Iris de Guimarães |

25 de novembro de 2014






Chove e penso em ti.


Penso em ti como penso sempre que chove, faz sol ou venta, pois sinto que tuas presenças e ausências são também manifestações do tempo. 


Entre um pensamento e outro, percebo que de uma hora para outra o escuro da noite chegou no meio da tarde.

É sempre assim quando você não está.


Levanto de onde estive sentada toda tarde a pensar em ti e pego meu violão. Toco as duas últimas cordas, que vibram graves no escuro.


Meu violão toca o que eu penso, o que eu choro, o que eu canto em nosso amor. 


Meu amor, eu e meu violão pensamos em ti.