terça-feira, 23 de dezembro de 2014

| Iris de Guimarães |

09 de dezembro de 2014





Ontem, fui à tua casa. Caminhava apressada sobre o barro seco da tua rua, desviando do voo das pequenas borboletas amarelas que rodeavam o caminho.
Quando cheguei ao portão, toquei a campainha, mas eu sabia que você já tinha ouvido, de dentro da sala da sua casa, as batidas dos saltos das minhas sandálias nas pedrinhas soltas da tua rua. 

Então fui eu quem ouviu teus passos dentro de casa, vindo em minha direção, até você aparecer pela porta, sorrindo daquele seu jeito.

Eu havia chegado, meu bem, à tua casa.
E você mais uma vez havia entrado, pela porta aberta dos meus olhos.