terça-feira, 20 de janeiro de 2015

| Iris de Guimarães |

| 06 de janeiro de 2015 | 



Ela na lembrança




Ele fechou ou olhos e a viu,  dentro da lembrança, caminhando em direção a ele, com o vento lhe agarrando de leve a saia do vestido de flores, brincando nos fios soltos dos seus cabelos. Viu em seu rosto o sorriso que ela trazia, iluminado pelas manchas de sol que escapavam entre as folhas das árvores sob as quais ela caminhava até ele.

Ele não abriria os olhos naquele instante. Era tão viva essa lembrança, que não importa que agora, nesse mesmo momento, não haja vento e seja noite. Ela estava inteira dentro dessa saudade. Bastava que ele não abrisse os olhos durante a lembrança,  para não ferir o olhar, com a ausência dela.